terça-feira, 3 de julho de 2012

Sobre o meu Open Water Dive - parte 1

Caros leitores, conforme o prometido, resolvi escrever este post para relatar um pouco como foi a experiência do meu curso de Open Water Dive, o primeiro que você deve fazer caso tenha interesse em aprender sobre este esporte fascinante chamado Mergulho.

A primeira parte do curso foi dedicada as aulas teóricas. Em 8h pudemos aprender sobre história básica do mergulho, equipamentos, princípios da física nos ambientes, fisiologia, lesões produzidas diretamente pela pressão, problemas fisicológicos decorrentes do aumento das pressões parciais e da solubilidade dos gases e técnicas, além é claro dos sinais básicos. Confesso que é uma aula chata para o iniciante pois ele está naquela adrenalina de ir pro mar logo, ver os peixes e etc, mas muito necessária. Além disso rever as leis dos gases como a Lei de Boyle - Mariotte, Lei de Charles, Lei Geral do Gases, Lei de Dalton, Lei de Henry, Princípio de Archimedes e outras leis da física, química e biologia confesso que são mesmo muito chatas para quem fez vestibular há um bom tempo como eu. Mas repito, esta é uma aula muito necessária que você se conscientize e não cometa bobagens como mergulhador recreativo. Aliás, deixo aqui uma dica aos amigos que realizaram curso pela PADI, compartilhem os conteúdos tratados nas suas aulas de teoria para compararmos ambos os programas de aprendizagem.

Na segunda parte, realizamos atividades práticas na piscina durante 08 horas. E aqui a adrenalina já vai lá pra cima, pois o ritual de vestir a roupa, colocar nadadeiras, lastro, máscara, colete e etc são sensacionais. O primeiro passo foi aprender a montar o seu equipamento, colocando o colete no cilindro de ar, conectando-o o octopus, com os dois estágios, com o regulador do colete, o profundímetro, os cuidados com os orings, a verificação da qualidade do gás, os dados de segurança do cilindro como data de fabricação, período de manutenção e etc. Enfim, fomos para a água e após as primeiras impressões realizamos a primeira descida para conhecer os equipamentos. No início senti uma pequena fobia, o receio de conseguir inspirar e soltar o ar pelo 1o estágio do regulador, o medo de não entrar água no nariz, mas logo quando eu me concentrei e controlei a minha respiração, o fluxo de ar, foi uma experiência indescritível. Ali eu estava certo da minha decisão em fazer este curso.

Já então na água iniciamos uma série de exercícios. O curso pela IANTD trabalha com a metodologia da marinha americana, logo te coloca em situações de stress o tempo todo, tentando desviar a sua atenção para testar o seu nível de concentração. Eu como um aluno consciente desde o início saiba o quão importante em ser levado a um tipo de treinamento como este.

Na piscina realizamos exercícios de ambientação, retirada do 1o estágio e recolocá-lo, simular perda do 1o estágio, simular falta de ar e uso do 2o estágio do dupla, e aqui vale uma pausa, pois há um aprendizado para dividir. Sempre, sempre mergulhe com um dupla, nunca sozinho, a não ser que você faça um curso específico para iso. Voltando a aula prática em águas confinadas, simulamos desalagamento de máscara, perda e colocação dela, retirada e colocação do colete, técnica para submergir em caso de uma subida mais rápida.

E assim se foi. No próxima post eu escreverei sobre as aulas em águas abertas em represa e o check-out ou batismo em mar.

Até o próximo post.




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